A História da curva A B C
A curva A B C foi elaborada inicialmente por Vilfredo Pareto na Itália por volta de 1897 quando planejava um estudo sobre a distribuição de renda e riqueza da população local. Nesse estudo Pareto percebeu que uma grande porcentagem da renda concentrava´se nas mãos de uma pequena parcela da população numa proporção de aproximadamente 80% e 20% respectivamente, ou seja, 80% da riqueza total estava nas mãos de apenas 20% da população.
Esse principio geral mais tarde foi difundido para outras atividades e passou a ser uma das principais ferramentes de controle na avaliação de estoques, compras, produção, vendas e outros. A curva A B C foi utilizada a primeira vez no controle de estoques da empresa General Eletric por F. Dixie na sua metodologia os itens A representavam 8%e correspondiam á 75% do valor, os itens B representavam 25% e correspondiam a 20% do valor, os itens C representavam 67% e correspondiam a 5% do valor dos produtos.
Segundo Ching (2010, p. 31) A curva A B C baseia-se no raciocínio do diagrama de Pareto em que nem todos os itens tem a mesma importância e a atenção deve ser dada aos mais significativos, ou seja, todos os itens de um determinado estoque necessitam ser estudados e classificados de acordo com a sua importância para empresa. Para se calcular a representatividade de cada item em estoque basta multiplicar o consumo anual de cada item por seu respectivo custo e em seguida listar em ordem decrescente de valor e calcular o percentual relativo de cada item em relação ao custo total do estoque.
Processo de denominação A B C
Item A: São os itens mais importantes e que devem receber toda a atenção no primeiro momento de estudo,nos itens dessa classe devemos tomar decisões baseadas nos dados levantados e correlacionados em relação a sua importância monetária. Os dados aqui classificados correspondem em média a 80% do valor monetário total e no máximo 20% dos itens.
Itens B: São os itens intermediários e que devem ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe A. Este item é o segundo em importância e os dados aqui classificados correspondem em média a 15% do valor monetário total do estoque e no máximo 30% dos itens.
Itens C: São os itens de menor importância sendo volumosos em quantidades mais com um valor monetário reduzido permitindo um maior espaço de tempo para sua análise e tomada de decisões. Deverão ser tratados somente após todo os itens da classe A e B serem avaliados. Em geral os itens C representam a 5% do valor monetário e correspondem no máximo a 50% dos itens.
Montagem da curva A B C
1- Passo: Fazer o levantamento de todos os itens e os problemas a serem resolvidos com todos os dados necessários: quantidade, preço unitário e total.
2- Passo: Colocar todos os itens em uma tabela em ordem decrescente de preços totais e sua somatória. Essa tabela precisa ter as seguintes colunas: itens, nome ou número do produto, preço unitário, preço total, preço acumulado, porcentagem.
3- Passo: Precisa-se dividir cada valor de item pela somatória total de todos os itens e colocar a porcentagem obtida em cada coluna.
4- Passo: Finalmente deveremos dividir todos os itens em classes A B C de acordo com a prioridade de cada item.
O planejamento do suprimento e distribuição física de qualquer empresa é a soma dos planos individuais de cada produto pois o conceito da curva A B C deriva da observação dos perfis de cada item (BALOOU, 2010, P. 97).
Deivíde Falcão
Especialista em Logística Empresarial
Professor universitário, Escritor de E-books , Colunista, Blogueiro, Consultor, Palestrante, Desenvolvedor de Cursos e Treinamentos de logística.
Especialista em Logística Empresarial
Professor universitário, Escritor de E-books , Colunista, Blogueiro, Consultor, Palestrante, Desenvolvedor de Cursos e Treinamentos de logística.
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